28/05/2008


. Aquela Felicidade .

Felicidade dói. Inquestionavelmente.
Ela vem com os porquês que me assombram. Felicidade.

Felicidade dói pelo simples fato de existir e de haver o medo.
Medo de perder antes mesmo de ter.

Ao me deparar com a possibilidade de uma felicidade infinita, talvez eterna, me assustei. E percebi o quanto escaldada estou.

Pena.

Afinal me tornei aquela mulher que desconfia até da própria sombra, enfim me tornei o que sempre repugnei: uma medrosa, daquelas que temem a felicidade.

Claro que tudo isso tem um motivo, tudo aconteceu tão rápido, e até que força não faltou.
E tudo mudou muito rápido também como furacão que chega sem avisar.
E os sentimentos também chegaram rápido demais, e também com a mesma força de furacão.

Mas felicidade que bate na porta da gente como borboleta que pousa calmamente em uma folha, essa felicidade sem desespero, esse sentimento calmo, tranquilo, estável, isso assusta.
Essa felicidade dói. Assusta e dói. Justamente por ser calma, por não precisar do desespero da paixão. Essa felicidade assusta e dói pelo medo que ela trás.

Medo de ser feliz.
Medo de ter a paz que eu sempre quis.
Medo de ser finalmente aquilo que sempre sonhei.
Medo de perder.
Medo de me entregar.

Medo.
Puro e simples medo.
Há medo, mas o medo é sinal de que temos algo que não queremos mais perder.

Felicidade dói.
Mas quero que ela doa em mim, o mais forte que puder.

E eu quero e mereço ser feliz.

. Nina .

Um comentário:

  1. Você e a Patrícia podem dar o braço e sair andando, literalmente...

    Mas pensa pelo lado bom, pelo menos vocês tem uma felicidade que dói... E eu ainda procuro.

    Beijos
    Lua

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