13/12/2008


. Sexta .

E eis que sexta chegou novamente e a gente nem se viu. E sexta é sempre mágico, fatídigo, às vezes meio trágico e cômico quase sempre. Talvez por ser sexta a gente se permita viver mais, melhor, maior até. E sendo sexta tudo fica meio desrregrado, apaixonado, quase infinito mesmo que à pé, de carro, ônibus ou coisa que o valha. Sexta remete aos sonhos, às solidões infinitas, aos berros na calada da noite, às bebedeiras de quem sabe e de quem não sabe beber. Sexta. E a gente não se viu. E por um instante, só por esse instante de sexta, por minutos sem fim, nesse momento de sexta mesmo não nos vendo, não nos tocando, não permanecendo um no outro, mesmo assim, a sexta faz você ficar mais perto de mim, me faz sentir seu coração no meu, batendo na mesma sintonia. E sendo assim, amo mais na sexta, quero mais na sexta, almejo mais na sexta. É um instante, um momento, um dia, um sacramento, quase um dogma, a sexta é. E eu espero sempre que seja mais, como hoje, boa e feliz, serena, calma, tranquila, surpreendente. Sexta. Um amor, um lugar, eu e você. Mas hoje é sexta, e a gente... ah! E a gente nem se viu.

. Nina .

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