08/01/2009


. Um conto .

Abriu a pota do carro como quem abre os olhos pela primeira vez. A claridade inundou seu olhar, quase cego, demorou a se acostumar com a realidade. Atravessou a rua, hesitou um ou dois minutos, tirou o celular do bolso e discou o número dela. Aguardou os minutos em que o silêncio predominou em seus ouvidos. Ao ouvir a voz dela sentiu-se mais feliz, completo, desejou parar o tempo ali onde ela fazia sentir que viver valia a pena. Pediu que o encontrasse, ela não se demorou. Cabelos soltos, vestido esvoaçante, apareceu num sorriso brilhante, entusiasmado. Ele somente a observou, a viu voar como uma fada, um anjo, uma menina. Ele a amava, fizera de tudo para ali estar, ele a desejava, faria de tudo para tê-la. Por muito tempo lhe faltaram palavras para dizer, lhe faltaram gestos, mas naquele momento ele sabia que o que falasse como falasse, falando ou não, ela saberia. E ela esperava somente o abraço, o beijo sem palavras, a felicidade que a invadia somente na presença dele. Ela esperava dele o que ele sempre lhe dera: amor. A cada olhar ela sabia, a cada toque ela desejava, a casa suposto sentimento, ela sabia. E ela olhava aqueles olhos, seus cílios longos, o castanho escuro, a cor morena da pele dele. Ela o olhava e cada vez mais tinha a certeza de que o amava incondicionalmente. Ele a abraçou forte, esqueceu os problemas e a levou para conhecer seu mundo. E ela só queria mesmo ser parte da vida dele.



*** Para você, meu lbriano, pois o que sinto é verdadeiro, sempre. Não desacredite nisso, eu não desacreditei, nunca.

. Nina .

Um comentário:

  1. A-D-O-R-E-I, Nina! Lindo isso! E o melhor é que tem um q de verdadeiro! Tenho razão?! >.<

    (tomara!)

    Beijo grande, querida

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