04/07/2009


. Homens safados . E suas Histórias maravilhosas . O EX .

Em um mundo perfeito, essas histórias não aconteceriam com pessoas como eu e metade das mulheres que existem no mundo. Mas acontecem, e para vocês, queridas leitoras, não se sentirem sozinhas nesse barco, a partir de hoje lanço aqui a série "Homens safados e suas histórias maravilhosas", assim vocês não se sentirão tão sozinhas (como eu me sinto na maioria das vezes) em ver que no final quem fica tachada de idiota é a gente.

Primeiro Caso: O EX

Conheci o ex aos 13 anos, numa daquelas histórias que tinham tudo para ser a históra da minha vida. De certa forma até foi, mas sigamos. Conheci o ex aos 13, foi meio amor a primeira ficada, sabe como né? Muitas águas passadas pela ponte, aquelas que não movem moinhos jamais. Começamos a namorar dali a uns 3 anos e meio, quando eu tinha 16, novinha, mas para quem o sonho da vida era ter um namorado que se importasse, foi perfeito. Principalmente porque depois de tanto investimento meu, foi ele quem quis vir em casa falar com meus pais.

O ex era de família religiosa, super comprometido com os interesses do amor, namorava para casar, era o genro que toda mãe queria. Família bem estruturada, todo domingo presente nas missas, elemento quase fundador do encontro de adolescentes da paróquia, frequentador do encontro de jovens também. E apaixonado - juro que ele dizia isso, JURO. Fez questão de vir em casa pedir para namorar, fez questão de que eu conhecesse a família dele inteira. E eu fui, e eu fiz, e eu acreditei.

Namoramos 7 anos, apaixonados, viajando, lutando, amando, sendo um pro outro o mundo, tudo de mais lindo, enfim. Namoramos por 7 anos, aliás quase 7, pois faltando 2 dias para o aniversário de namoro, que é que ele fez? Pediu um tempo. Disse que precisava ficar sozinho - que homem fica sozinho? nenhum né? - que precisava de um tempo para ele.

Eu devia ter desconfiado, mas não, me senti o cocô do cavalo do bandido, chorei duas semanas seguidas, implorei, fiz o papel clássico de idiota, não conseguia crer que ele pudesse estar me traindo. Dois meses antes disso o filho da puta estava procurando aliança de casamento para a gente ficar noivo. Fiquei parecendo um farrapo, meus pais tinha que me colocar no chuveiro para eu tomar banho - chorando - e me levar na porta do trabalho para eu poder trabalhar.

Enfim, ele terminou comigo, hoje digo que terminamos, mas não terminou para ficar sozinho, NÃO! Terminou para ficar com a criatura da baixada fluminense, e em menos de um ano e meio casou com ela. Sendo que já estava com ele um mês e meio antes de terminar. Tá .

O problema:

O problema não foi ele terminar. O problema foi ele não ter sido sincero, o que para mim é essencial na relação homem mulher. Tá que homem não admite traição, mas pela intimidade que tínhamos, por tudo que passamos, esperava dele me falar a verdade nas mil e oitenta e duas vezes que eu perguntei. Não falou e ainda disse que preferia que eu descobrisse por outras pessoas. E eu descobri.

Não foi honrado para ele, nem digno, e certamente ele não se preocupou em ser nada disso em momento nenhum. Para mim foi sofrido, aprendi com isso sim, mas poderia ter sido diferente. Aí você vai me perguntar se eu preferia que ele tivesse dito que se apaixonou por outra e tal, e eu responderia que sim. Eu preferiria sofrer de uma vez só e não homeopaticamente como sofri.

A gente convive anos com uma pessoa esperando que ela seja somente sincera, e nada mais. O combinado não sai caro, não sairia, mas as pessoas teimam em fazer gato e sapato das outras.

Um comentário:

  1. Pior que todos od homens são assim nunca querem falar o que esta acontecendo!!!
    Sempre preferem que descobrimos por nossa conta, e pior que descobrimos e sequer nos explicam, nos deixam descobrir as respostas sozinhas também!!!

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