15/08/2009


. Não precisava tanto .

Tem horas que eu não queria sentir o maior amor do mundo e sair fazendo o que eu mesmo prometi não fazer nunca mais. Não queria ter uma parte de mim gritando por ele, não queria me sentir rejeitada e abandonada, não queria acordar e ter vontade de chorar por ele não estar presente.

Tem horas que eu não queria fazer besteira e nem me entregar a pensamentos alheios a ele, não queria me deixar levar pela carência que tenho sentido, não queria pensar em me envolver com quem nem devo - por motivos óbvios e não tão óbvios assim. Não queria sentir a angústia que sinto por não saber.

E não entendo. Não entendo o que leva uma pessoa a fazer de tudo para conquistar a outra, levar aos lugares mais bonitos, pedir uma chance para o amor que sente, perder a noção do que a realidade permite, dar presentes, citar músicas e cenas de filmes, vender o maior amor do mundo, se jogar, se envolver profundamente, e depois de tudo isso, quando conquista o amor mais puro e verdadeiro, sumir e ser covarde ao ponto de não terminar o que começou.

Eu estava quieta, fechada para balanço, não queria ver viva alma de homem perto de mim, e ele pediu, implorou que eu desse chance, prometeu que nunca me abandonaria como os outros fizeram. E a única coisa que eu esperava dele, além da reciprocidade do amor, era ser homem o suficiente para terminar, o que me dói é a sensação de abandono que ele diz não ser, que ele diz estar ainda presente na minha vida mesmo quando se passam dois meses sem me ver, o que dói mais é ver ele falando e se encontrando com outras pessoas, é saber que ele passou por perto de casa e nem ligou para dizer que não quer mais.

E vocês podem falar o que quiserem, mas eu nunca vou me acostumar com a covardia masculina, nunca vou acreditar que homem sofre por mulher, nunca vou entender que tem quem prefira qualquer coisa do que felicidade.

Em paralelo me aparece alguém do passado querendo alguma coisa que eu não sei o que é, me prometendo que não vai errar de novo comigo, que me quer. E apesar de muito carente, e maltratada, não acredito em uma só palavra, e nem vou acreditar. E mesmo o ser me ligando de madrugada para proferir que não vai me perder de novo, todos os meus sentidos queriam que fosse o libriano ligando, todos os meus sentidos não acreditaram em uma só palavra mencionada, todos os meus sentidos se sentiram traindo um amor que ainda há em mim.

E vocês podem falar o que quiserem novamente, eu sou assim. E agora eu preciso de um ponto final ou de reticências - se for o caso. Mas eu preciso que clareie, preciso de sentimentos sólidos, preciso não mais ouvir o som de motos na minha janela e achar que pode ser ele. Preciso que ele me ganhe ou me perca de vez, preciso de esclarecimentos. AGORA. Para eu deixar de me sentir poeira que passou pela vida dele, para eu deixar de me sentir debaixo das cobertas, para eu deixar de sentir que fui vulto que passou e que ninguém viu passar na vida dele. Para eu poder acreditar de novo se alguém disser que eu exerço alguma força sobre a vida, para eu acreditar em amor de novo, para eu acreditar em felicidade plena.

O incrível nisso tudo foi que eu realmente achei que hoje seria diferente, que com ele, o libriano tão falado aqui, tão amado aqui, que com o meu libriano querido seria diferente. Pelo menos com ele, pelo menos uma vez...

E se era para ficar assim nesse momento, não precisava tanto, querido, não precisava tanto...

0 comentários:

 
Desvaneios de Madrugada - Copyright © 2016 - Todos os direitos reservados.
imagem-logo