15/09/2009


. Não há forma, não há padrão .

Procurei nas palavras dos outros para dizer o que eu estou sentindo nesse momento e não encontrei. Mil frases de Martha Medeiros, outras tantas de Caio e Clarice, mil e uma de Mário Quintana. Músicas de Chico, Roberto e Erasmo, Beth Carvalho, melosas e de boys band como Backstreet Boys. Procurei até em Phil Colins, Cindy Lauper, percorri os Beatles e os Rollings Stones. Reli Fernando Pessoa só porque é seu preferido, fui atrás daquele livro do Paulo Coelho que eu amo e me diz tanto, procurei no Veríssimo algo cômico para dizer e no entanto, nenhum deles me disse algo que me fizesse sentir repleta de palavras e letras para dizer o que sinto agora.

Procurei nos textos sobre amor das amigas blogueiras, procurei na Paty, na Lua, e no desespero de não encontrar procurei em mim mesma. Não encontrei. O que eu estou sentindo agora não é saudade, por mais abrangente que a palavra seja, não é frustração, saudosismo, tristeza ou coisa que o valha. Também não é alegria, angústia ou solidão. Não tem nome, não inventaram palavra que o valha. Não tem nem explicação.

E por isso fica assim sem dizer nada do que é que existe em mim nesse momento. Não é vazio ou sofrimento, não é sentimento ausente. Não é crise ou inferno astral. Sou eu sem palavras para dizer, sem jeito, sem porque dizer alguma coisa, sem porque compartilhar o que sinto. Sou eu. E não há texto, pretexto que assuma forma de letras para descrever.


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