29/10/2009


. Externar a raiva que sinto de você . ou . As mentiras que eles contam .

Vocês sabem que quando algo me incomoda ao ponto de me tirar do sério eu tenho que escrever. Escrevo aqui para externar mesmo, tornar público esses sentimentos, essa é a intenção, sempre foi.

Desde ontem estou sentindo uma raiva descomunal, algo que está me irritando tanto e tão profundamente que apesar de ter me prometido não escrever mais sobre nada referente a isso aqui, tenho que externar.

Odeio mentira. Pior ainda quando se fala algo para uma pessoa e se fala outra coisa para outra. É para mentir? Minta direito! Não tem argumento? Fique quieto! Quer mentir? Minta para mim e não sobre mim.

Começou errado? Eu sei. Mas eu acreditei no amor que fora pedido e implorado para que eu acreditasse. Tanto acreditei que amei mais e demais. No fim achei realmente que tivesse acabado, mas isso não me foi dito, muito pelo contrário, novamente me pediu para não pensar assim e não acreditar no pior, pois não eram sinais, aquela solidão que eu vivia não era sinal de nada.

Dentro de mim acreditei, pois enquanto houve esperança lá estava eu. Mas no momento em que me foi tirada toda ela, eu calei, me recolhi e chorei um dia inteiro para nunca mais chorar por ele. E aí ele vem e fala para os outros que eu quem não entendi, que eu que não li os sinais. Mentira. Eu li, entendi, e tanto, que mandei aquele mail. E tanto que no dia seguinte quando ele apareceu dizendo que não era bem aquilo, que não era homem de sinais, nem de recado e muito menos de atravessadores, quando ele apareceu dizendo que eu tinha mandado recadinho malcriado, até ali, eu entendi.

Então, querido, não me venha com mentiras para aqueles que não te leram, para aqueles que não te ouviram, para aqueles que não sabem da missa a metade. Isso aí de mentir, querido, só me faz crer mais e mais que amor não houve, que querer sair por cima da carne seca, que ser mal caráter é que é a sua maior característica. E querer sair de santo, e botar a carapuça de LOUCA em mim, só para comer a próxima na esquina, é truque que homem de 37 anos não deveria mais usar. Aliás é truque que nenhum daqueles moleques que você disse ser melhor/diferente faria. Isso é truque de moleque de 16 anos.

Assuma e ponto. Seja homem! Não venha usar o meu argumento contra mim. Não gostou da minha atitude? Foda-se, eu avisei desde o início o que seria e como.

A raiva é por não ter acreditado que uma pessoa que dizia me amar tanto pudesse ser tão ridícula, tão mesquinha e mentirosa. Pudesse ser o que na verdade todo mundo via menos eu. (ô mania de buscar redenção! ô mania de acreditar que amor vence!). A raiva é por eu não ter sido a idiota que você está me pintando por aí, porque nem pedir para você voltar eu pedi, nem nada mais eu fiz depois que você disse não me querer mais. Afinal, eu dou valor a quem me dá e só insisto se tiver uma pontinha de esperança. Agora, conta pros outros que você mandou eu não te esquecer no momento em que terminou comigo, conta? Isso não, né? Isso você não pode contar!




E aih procurando uma forma de não enraivecer ainda mais, eis que caí no Amor e ponto da Cris Guerra novamente, e esse texto me disse muito:

Caminho

Por algum tempo, ela segurou a lanterna. Iluminava o caminho e o deixava seguro durante a viagem. De vez em quando ele sumia, como criança ao se distrair com algum barulho no meio da estrada. Depois a alcançava de novo - não se sabe se em busca dela ou da lanterna. Até que, num determinado momento, ele ficou para trás. Quando não ouviu mais sua voz, nem os seus passos, ela apontou a lanterna acesa para todas as direções. Procurou, gritou por ele. Nada. Sentou-se à beira da estrada e chorou. Desligou a lanterna e ouviu o silêncio gritando, as cores do escuro cegando seu pensamento. E adormeceu, exausta. Quando acordou, já era dia. A estrada parecia diferente. Talvez outra. E de que adiantava a lanterna se ela não sabia mais para onde seguir? Ela ainda pensava sobre isso quando o avistou de novo. Sentiu seu coração batendo mudo. Não tinha o que dizer, nem para onde apontar. É outra a estrada. E ela já não sabe mais como guiá-lo. Ela mesma precisa aprender o caminho de novo.




É isso, eu preciso aprender o caminho de novo.

Um comentário:

  1. Adorei seu post. Continue sempre assim.
    Fica na paz do Pai Celestial

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