12/01/2011


. De uma maneira ou de outra .

Essa semana, nesses 3 dias dela, tive duas conversas com duas amigas muito distintas, muito diferentes. Uma delas me disse que hoje não acredita em nada mais que venha da boca de um homem. A outra, namorando há certo tempo o homem a quem ela denomina 'amor da vida', está vivendo a reviravolta de voltar a acreditar no que esse amor da vida fala para ela, depois de anos de luta, ela está vivendo o que sempre sonhou.

Para a que não acredita nas palavras por ter acreditado tanto anteriormente e só ter se magoado, eu dei as mãos e levantei a bandeira: eu a entendo perfeitamente. Para a que vive um conto de fadas - com as partes ruins de confinamento também - eu olhei com descrença sem querer parecer descrente, falei que ainda bem que ele anda fofo e que espero que continue e ponto.

Como disse em algum post anterior, não é que eu não tenha mais os sonhos de uma geração de meninas da minha idade, eu tenho, mas hoje não sei mais se sentirei borboletas no estômago novamente. 

Não posso nem dizer que não acredito mais nas palavras do outro, pois não tem ninguém me falando tais palavras, e não posso dizer que não me encantaria se esse fosse o meu desejo. Mas entendo que é muito difícil acreditar em palavras soltas ao vento, ou ditas baixinho no ouvido, depois de tanto acreditar e nenhuma delas ser verdadeira. Assim como não posso desacreditar nas palavras de amor de alguém que se diz estar mudado e que pela primeira vez na vida demonstra amor mútuo por alguém que já o ama há mais de 10 anos.

As duas me fizeram pensar em com a vida é feita de momentos de crescimento diferentes para cada um. Uns aprendem mais cedo que outros, outros se iludem a vida inteira só para provar um ponto de vista, cegam-se por terem que provar que estavam corretos e que não podem perder. 

Os que aprendem cedo são mais calejados, mais desconfiados, mais incrédulos e de certa forma têm pressa. Os que se iludem a vida inteira talvez nunca saibam o que realmente viveram, se era realidade ou algo inventado para os olhos não verem o que existia por trás daquilo tudo.

Eu me recolho às opiniões aqui escritas, me recolho a falar com as paredes, a colocar para fora o que me incomoda e não tem ouvinte. Não aconselhei ninguém, ouvi, pois sei que vida ensina de uma forma ou de outra, sendo nós iludidos ou desacreditados. A vida ensina de uma maneira ou de outra.

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