27/05/2011


. O agora .

Talvez esteja escondendo a sensibilidade, a vontade de juntar pés debaixo do edredon por trás de cabelos feitos, unhas pintadas, batons da moda. Talvez seja verdade isso, e talvez tenha parado de escrever sobre o que habita em mim pelo mesmo motivo (e por achar que na realidade nem faz muita diferença escrever, pois ninguém lê). 

Sei que tenho me escondido, nem tenho lutado por sentimento nenhum, por pessoa nenhuma. É um ponto onde o saco encheu, creio. Não que seja ruim estar bonita, descobrir novos penteados, maquiagens, esmaltes, é ótimo. Faço por mim, afinal quem fará? E é por isso mesmo que tenho parado, me escondido, que não tenho lutado.

O tempo parou, eu acho. É como me sinto ás vezes, como se vivesse o mesmo dia repetidamente. Amém que me viro, que tento mudar. Projeto 2.8 tá aí pra não me deixar mentir. Mas é aquilo, vida segue e de alguma forma se tem que viver. E sabe? Eu estou feliz a minha maneira, não tem mais desespero na minha vida, nem por estar desesperada por querer muito algo que não acontece e nem por haver uma pessoa que me faz sentir desesperada. 

A gente vive, segue, a vida não para porque o seu tempo parou. Paradoxal mas é isso. E se me escondi, se o tenho feito... sei lá... tenho que sentir mais para escrever mais, tenho que querer mais para viver mais. Cansei de tentar achar as respostas, de me revoltar com tudo, cansei mesmo. E vou seguindo assim, até aparecer algo lá na frente, na outra curva, na outra esquina. E seja lá o que Deus achar que deve ser.

Se voltei para cá? Quando sentir no fundo do coração que devo, quando precisar desabafar estarei aqui, porque querendo ou não, isso aqui continua sendo o espelho da minha alma de alguma maneira, mesmo eu tendo mudado tanto.

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