08/10/2011


. A estupidez humana . ou . A incapacidade de perdoar .

Abri aqui com um texto pronto na cabeça, mas ao me deparar com a tela em branco, fiquei quase sem ter o que dizer. Na verdade, estou tão estupefata com tudo que acontece nesse mundo que não sei que tipo de utilidade pública estaria fazendo ao escrever sobre algo que já escrevi: a estupidez humana. 

Lê-se estupidez como falta de carinho, por assim dizer. As pessoas hoje em dia não sabem e nem tem capacidade de utilizar ou aceitar o perdão. Uma pessoa pode sim se arrepender, mudar de ideia, mudar, afinal vida tá aí e quanto mais se vive mais se aprende, e mais se tem a chance de mudar. Mas ainda há aqueles que preferem criar muros ao invés de pontes.

Sou impulsiva e muito, mas se mudo de opinião procuro, cato nas profundezas, tento de novo e peço desculpas. E se me dói a saudade, a falta, eu procuro. Claro que corro o risco de parecer insistente, chata e sempre, sempre mesmo, de levar na cabeça. E levo. Nossa! Como levo na cabeça! O fato é que tento e não tenho medo de tentar consertar ou admitir meus erros. Sou assim, isso não consigo mudar.

Mas tenho me tornado mais dura, por assim dizer, não é amarga, é dura mesmo. E tenho me tornado assim por simplesmente ver no outro a falta de carinho, a estupidez, a falta da prática do perdão. 

Fora aqueles que nos julgam por algo efêmero, não nos deixam explicar, nos fazem ter atitudes mais drásticas e cheias de mágoas, e quando tentamos acordo, contato, perdão, fazem exatamente o que  nos julgaram por fazer. Como se a gente tivesse matado um cachorro e não se defendido numa história de interpretações injustas a respeito do nosso caráter.

É difícil pra mim ainda, muito, mesmo no auge dos meus 28 anos, saindo da primeira década da minha fase adulta, ainda é muito difícil para mim entender que tem certas pessoas que não valem a pena, que não são como imaginamos, que não valem o esforço. É difícil entender a estupidez humana. Difícil saber que existe uma pessoa no mundo que considera morta pessoas que discordam dela, que mata cada pedaço de esperança na humanidade que existe em você, que se acham donas da verdade absoluta do universo e que não pode ouvir umas boas verdades de vez em quando.

Eu vou continuar tentando quando acho que posso, quando acho que devo, é por mim, pela minha consciência. Mas não mais com quem me deu 'inspiração' para tal texto, esse não, esse deu. Vou continuar porque é da minha natureza, estando ou não desacreditada na humanidade, que preza e visa cada dia mais essa estupidez que lhe é característica.

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