. Para sempre até amanhã .

Crescer é difícil. Deparar-se com o fato de que você já é adulta e não sabia é mais ainda. Ser adulto é complicado, é difícil e é, também, maravilhoso. É a descoberta de que ao andar na rua, além de Deus, a sua única companhia é você mesma. É descobrir que a gente depende só da gente e não se deprimir por causa disso.

Aprender a crescer tem sido desafiador. 

Estou numa árdua batalha comigo mesma, uma batalha contra todas as inseguranças que essa minha idade me proporciona. Sim, em breve, daqui a um mês e 20 dias, eu completarei os fatídicos 29 anos e quem me conhece (ou me lê aqui há 4 anos) sabe o quanto essa data mexe comigo. Estou crescendo, envelhecendo, tomando as decisões mais acertadas. Aprendi tudo isso à duras penas (põe duras nisso!!!). Cresci pelo sofrimento e aí sim, nesse momento, dá vontade de chorar e choraria se lágrimas de tristeza me fossem importantes agora, mas não são.

Eu choraria se fosse em outra época, espernearia, gritaria, esqueceria minha sanidade completamente e partiria para uma discussão que não levaria a lugar algum. Eu largaria de mão, esqueceria, ficaria de costas para toda essa situação. 

Hoje eu simplesmente sento e reflito, se for chorar, choro para mim mesma. Hoje eu tento me esquecer um pouco para ser feliz.

Tenho planos. Estou realizando alguns deles ou colocando em prática o que preciso colocar. Amo, sou amada, tenho amigos verdadeiros, estou tirando a CNH, vou cursar outra pós, estou caminhando para frente sem me esquecer do que já foi e sem me esquecer de olhar ao redor. E ainda assim quero mais.

Eu quero mais.

Quero mais amor, quero mais amigos, quero mais liberdade, quero mais conhecimento. Quero mais daquilo que sempre sonhei e nunca tive. Quero casar, sim, quero ter filhos, sim, me chame de careta, me chame de precipitada, me chame do que quiser. Eu quero e penso nisso quase sempre e sei que estou procurando melhorar de vida para conseguir ter isso tudo. Afinal crescer é querer mais do que se tem quando criança, quando adolescente. E eu devo a mim mesma esse crescimento. Eu devo a mim mesma essa atitude e esse querer.

Eu poderia me esconder atrás de um texto falando as mesma coisas de formas mais bonitas e sutis, mas hoje me deu vontade de ser o que sempre fui aqui: sinceridade e realidade acima de tudo. Hoje eu quis usar o blog como espelho da alma, coisa que não faço há meses, ou anos (não sei bem quando foi que parei de falar por mim para falar sobre mim através das histórias dos outros).

A realidade, a sinceridade, e a prioridade é que eu quero mais. Já havia mencionado isso naquele texto que escrevi para ele lá no início, naquele texto que acho que ele nem leu, mas que deveria ser a bíblia dele nisso tudo em que se meteu. A realidade é que eu preciso de mais. Me chame do que quiser (como já disse) mas hoje, apesar de ter aprendido a não planejar e não ter planejado durante anos, eu quero, eu preciso de um planejamento e eu penso todos os dias nele, mesmo que ainda não o tenha colocado no papel ou começado a falar sobre o que há a ser planejado, sobre o que está definido.

Quero um feliz para sempre, daqueles sem medo, daqueles que não são um para sempre até amanhã.