14/05/2013


. Fale .



Eu entendo que seja difícil abrir a boca e falar. Entendo e sofro do mesmo mal que toda essa humanidade de ouvintes efêmeros sofre. Andamos falando sobre muita coisa que, no fundo, não interessa e quando a vida exige que falemos sobre nós e para nosso benefício, a gente cala.
E nem precisa ser nada importante demais, ás vezes expressar simples opinião sobre nossa vontade de fazer algo ou sobre um filme que achamos uma merda quando todos acharam ótimo, a gente cala e aceita o que o outro fala. Erro dos mais graves.
Ok que temos uma boca e duas orelhas, mas temos a boca e nesse caso é o que importa. Falar é essencial. Não sair falando a toa, pois calar também é importante. Mas quando algo nos desagrada, ou quando precisamos nos fazer entender, ser condescendente não é a melhor opção. Daí o ato maior é falar.
Se joga e fala mesmo o que você não gosta, o que quer (muitooooo importante), o que não quer (idem na importância), o que pretende, o que não pretende. Temos que expressar opiniões e não nos guardar dentro de nós mesmos. De tanto se fechar um dia você não vai conseguir mais encontrar direção para o caminho que quer, e talvez nem vá saber o que quer por não ter tido nenhuma opinião anterior.
A vida cobra uma atitude da gente e para tal é preciso liberar o verbo, as palavras, mesmo que delas saia um grito ensurdecedor.
Melhor gritar do que se arrepender de não ter dito, tudo bem que certas sabedorias vêm com a idade, e aqui pertinho dos 30 isso de não levar desaforo pra casa ficou muito mais forte, ainda mais tendo mil e uma plataformas digitais para jogar a falta de paciência na cara do alheio.
Fale. Ninguém irá falar por você.

Publicado originalmente em 07/05/2013

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