08/06/2013


. Aquele tipo de egoismo .

Antes de chegar a esse texto definitivo, escrevi uns três ou quatro parágrafos que não ficaram muito bem escritos e nem elucidativos. Acontece que abri aqui para falar de como as pessoas se importam, na maioria das vezes (salvas exceções) com elas mesmas. Na verdade, queria falar sobre um mesmo tipo de coisa que se repete na minha vida ao longo dos anos. Demorou para sair o texto (está saindo agora assim devagarinho), pois eu ainda me importo com o outro, então toda vez que escrevo algo ainda (eu disso AINDA) tenho a preocupação se vou ferir ou não alguém ou alguma coisa. Só que o outro lado não pensa bem assim.

Ao longo desses quase trinta anos em que habito este planeta de meu Deus, reparei que é recorrente a atitude de olhar o próprio umbigo. A gente sabe que existe por aí aquilo que os colegas chamam de egoismo, e ok, tá lá e existe em qualquer lugar. Mas o tipo de atitude que eu estou querendo falar sobre, creio eu, supera o simples fazer por si mesmo, ou aquele ato de não dividir o biscoito com o coleguinha. Isso que está sendo difícil de falar, para mim é maior. É aquele momento em que a pessoa acha que tem TODO o direito do mundo de humilhar, constranger e falar qualquer merda que lhe passe na cabeça para o outro, e melhor, acha que vai sair ileso e não se importa nem um pouco com o sentimento do alheio. Identificou? Então, eis o assunto.

Muitas coisas do gênero já aconteceram comigo pura e simplesmente por eu ser daquelas pessoas consideradas boas (olha que defeito enorme, né? Ô mundo!). Já inventaram coisas sobre mim, já acreditaram no que falaram sobre mim, já me fizeram sentir o cocô do cavalo do bandido, já simplesmente vomitaram o que quiseram em palavras bruscas sobre mim. Me reergui todas as vezes, acho até engraçado a quantidade de vezes que isso me acontece. A parte boa é que sempre quem faz isso comigo é eliminado da minha vida de uma forma estupenda! O que me deixa curiosa, porém, é o fato de as pessoas realmente se sentirem no direito de falarem o que bem entendem sem se preocupar com o que o outro vai sentir e até mesmo fazer.

Normalmente, a princípio eu fico meio catatônica. Sabe quando alguém te fala uma coisa que te pega de surpresa e depois quando passa você sabe exatamente o que deveria ter falado mas na hora H não consegue? Então, bem vindo ao clube! Essa sou eu. Depois eu fico triste, questiono mesmo porque aquela pessoa, que normalmente eu considero bastante, fez aquilo. Depois eu fico com raiva, muita mesmo, dá vontade de sacanear o ser, fazer vingancinha. Mas depois que passa tudo isso, eu só consigo ter pena. 

Corações gelados não se importam e como disse uma amiga minha hoje: "pra que se importar com quem te trata mal?". Afinal, quem perde? Eu sei que eu não perco nada. Continuo achando ruim e totalmente sem noção tomar atitudes horrendas e passar por cima do outro que só te trata bem, principalmente sem ter medo das consequências e sem querer saber o que o coleguinha do lado sente. 

Pois bem, meu bem, há consequências sim. O mundo dá voltas, ninguém cospe para cima ileso, ninguém joga uma carga negativa no mundo e depois recebe flores, ninguém dá tapa na cara e depois recebe bom dia ou boa noite. 

A galerinha aí tem que começar a rever os conceitos, solidão começa desse jeito quando a gente afasta quem está a nosso redor. Tratar o outro sem nenhuma consideração só vai fazer o outro não ter nenhuma consideração por você. Simples, fácil, prático. Lembrem-se que é sempre muito fácil magoar, mas que a vida é estrada de mão dupla e não é muito proveitoso ser magoado. Não acredite que você sempre será abençoado pela vida, ela cobra, amores, ela cobra e quando ela cobra não tem com fugir não. Conselho de amiga mesmo.

E para quem, como eu, sofre por conta dessas pessoas de coração gelado, lembrem-se que Deus dá somente o fardo que podemos carregar e mais ainda, acreditem na fé, no que pedem em oração, pois o 'livrai-nos de todos os males' mora justamente nesse tipo de gente, que dá tiro no pé para que a gente saiba o mal que existe ali. 

Pensem sobre, eu também estou pensando. E faça diferente, só assim a gente pode mudar essa realidade feia.



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