24/03/2014


. O egoísmo da bolha .


Das observações contínuas que tenho feito do cotidiano, do que me acontece e do que tem acontecido com os outros, vejo que a humanidade anda olhando muito para o próprio umbigo. Coisa que faz pessoas como eu ficarem meio sem rumo, meio sem saber o que fazer sobre determinadas coisas.

Ao contrário do que se imagina, não vivemos em grandes bolhas espalhadas pelo país, pelos estados, pelos municípios, pelas cidades, pelos bairros. A realidade é bem diferente apesar da constante negação de quem vive em um mundo de fantasias. E pelo constante achismo da bolha, nos deparamos cada dia mais com a falta de educação e a mania irritante de querer usufruir do que é mais fácil, de quem tem mais conhecimento.

Só que a vida não é feita de receitas de bolo, assim com não é feita de uma só pessoa. O ato de explorar aqueles que dizem amar e tirar proveito de tudo e de todos, não impede esse tipo de pessoa de continuar perfeitamente vivendo em uma bolha como se nada tivesse acontecido, como se os outros fossem cegos e completamente inocentes e sem percepção do que acontece. Atos que não fazem chegar a nenhum tipo de reflexão sobre o que andam fazendo em relação ao outro, em relação ao mundo e no que isso pode acarretar.

O mais intrigante é que as pessoas das bolhas reclamam do egoísmo da humanidade como se não fizessem parte dele. Como se ser mesquinho, individualista, e somente saber pedir e nunca dar, não fizesse parte dessa falta de humildade que está escassa por aí.

Mas é aquilo: se está bom pra mim para que diabos vou me importar com o outro, né? Para quê vou me importar se consigo tudo que quero? Aliás, coisa estranha e grande questão da humanidade (pra um outro post, talvez): porquê gente ruim se dá bem na vida? Ta aí outra questão que me intriga...

Porém, a minha questão maior em relação a essas relações de egoismo é: onde vamos parar?

E eu acho que desse jeito não vamos parar nem na esquina de casa...

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