Era como se houvesse um vazio imenso na alma, mesmo tendo todos os espaços preenchidos. Era uma coisa que invadia imensamente a mente, os ossos, o ouvido. Um silêncio maior que si mesmo, uma maneira de se manter distante. E era descartado num instante todo ato que o fizesse próximo a alguém ou algo. Isolava-se. Era destacado por natureza, um pingo de infinito, um mar de qualquer coisa que revirava o estômago. Era vazio. E cada mão quente que chegasse perto de seu rosto apenas congelava.
Mas um dia enrubesceu. Encontrou. Esquentou. Encaixou. Diante de si viu o mundo, diante do mundo viu a si mesmo.
Não se sabe bem a quem ou o quê encontrou no caminhoCam. Sabe-se apenas que hoje seu coração é mais quente.
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