DESPEDAÇO
Me despedacei em você. Mil pedaços de mim caíram sobre todo aquele mar de incerteza certa. Me despedacei em mim. Depois de andar acolhida por cabelos longos até minha cintura naquele vazio. Despenquei. Despedacei. Destruí.
É que tudo tem andado meio dark side dentro de mim. Um misto de tanta coisa que deveria ser e não é.
Despedacei meus pedaços, entende? Como se nunca na realidade fosse ser inteira. E aquilo tudo que se criou em mim, durante todos aqueles anos, de vez em quando volta em forma de silêncio e indiferença.
E parece meio que tudo acaba, mesmo que não definitivamente, mas dentro da gente para começar outra coisa, pra ser melhor ou não. Mas fica lá um buraco eterno do que a gente não foi e do que a gente não sabe se vai ser.
Essa é a tal da realidade: se despedaçar inteira para se montar do jeito que tiver/quiser ser.
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