07/07/2016


. Confronto .

Fui colocada contra mim mesma nesses pensamentos sobre ser o que se quer e fazer o que se bem entende. Tenho a nítida impressão de que me podo todas as vezes. Como se tudo que viesse de mim (este texto incluído) não fosse bom o suficiente. Porém, no paralelo, tenho tanta coisa para colocar pra fora, sobre tudo e qualquer coisa, sem tema, sem traço, só aquilo tudo engasgado na garganta. Sento para escrever e travo, apago, jogo fora, me enclausuro nos pensamentos, me jogo menos. Será a idade? Será que me tornei essa pessoa que apesar de querer se expor prima por discrição? Não... não pode ser. Coisa chata se reter. Daí sento aqui e falo qualquer coisa pra tirar o nó que persiste viver grudado na garganta e só chega até o céu da boca, mas se recusa sair dali... Bora lá se jogar mais, Aline! Eu mesma me aconselho. Bora lá fazer todos os vídeos, snaps, twittes que você se promete todos os dias! Todos aqueles textos, se joga, garota! E eu aqui, retraindo sem saber exatamente o motivo. Talvez por medo de sempre parecer ridícula. Mas vou reaprender a jogar, a me jogar, a fazer tudo isso da garganta virar palavras no ar. Pode acreditar. Promessa é dívida.

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