29/12/2018


. Sobre empatia .

Algum pensador escreveu que “o homem é o lobo do homem”, não vou lembrar qual, ele estava se referindo ao coletivo e não ao gênero, mas me sinto segura em dizer que o homem é o lobo da mulher.

E nem vou entrar na questão de violência física hoje, nem vou entrar na questão de terrorismo psicológico. Lutar contra os hábitos machistas dos companheiros de jornada é diário.

A carga mental é grande. Onde está a empatia?

A solidão materna, como eu já disse aqui, não se dá apenas pelo sumiço das pessoas. (Aliás no Natal nem recebi aquela caralhada de mensagem que recebia todo ano, sumiram todos). A solidão materna começa no próprio lar, independente de se ter um companheiro ou não.

Essa solidão se dá pela falta de empatia e acolhimento no dia a dia. Se dá no momento em que o cara acha os afazeres dele mais importantes. Se dá na falta de respeito pelo sono e vontades daquela mãe.

Tenho lido muitos relatos sobre pais de merda, sobre maridos egoístas, e vivido momentos dessa solidão também. E sigo sem entender racionalmente essa porcaria toda, por mais que saiba que machismo tá aí pra nós diminuir e enaltecer essa auto estima da porra que o homem hétero tem.

Meu maior desafio, no entanto, não é passar por isso ou entender. Meu maior desafio é criar meu filho homem branco - que já nasceu cheio de privilégios - de forma diferente, respeitando mulheres em todos os quesitos, de maneira que ele seja um companheiro que compartilhe a vida e a criação dos filhos de forma que essa solidão seja minimizada.

O desafio é criar um homem com responsabilidade, caráter, e noção. Pois não dá mais pra ser desse jeito, não dá mais pra carga mental ser só da mulher. Chega, basta.

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