12/06/2008


. O Dia dos Namorados . Pasta de Dente .

Entrei numa loja de sapatos, resolvi que não ia passar o Dia dos Namorados sem presente e comprei dois pares de sapatos lindos. Sim, comprei, gastei uma fortuna que eu não poderia, e achei que ficaria feliz. Até fiquei, por uns 5 segundos...

No caixa vi como aquilo era deprimente, como eu estava mais sozinha do que antes da mensagem, como eu estava sim esperando algo dele, e me deu vontade de chorar, mas não chorei. Imagina? Eu passando o cartão e me debulhando em lágrimas? Não. E estou orgulhosa disso, eu não chorei.

Mas em mim ficou o sentimento de desânimo, caiu em mim o peso do dia inteiro tentando acreditar que melhoraria a sensação de impotência, a sensação de que a gente ia ficar bem no fim do dia. E só me restou a sensação de que sempre eu tenho que dar o primeiro passo.

E eu cansei.

Voltei para casa pensando em como eu me meti nisso a essa altura do campeonato, aos 45 minutos do segundo tempo, faltando 3 meses e meio para completar 25 anos, arrumando um amor platônico. Que babaca! Idiota! Coisa de adolescente!

Platônico...

Mas quer saber? Ele deixou isso acontecer, ele me induziu ao erro, ele me conduz por esse caminho a cada telefonema, mensagem, noitada, barzinho, a cada beijo, a cada abraço, ele me conduz. E hoje, só por hoje, eu queria que ele fizesse o que não fez, só hoje.

Isso porque ele parece pasta de dente que tem que se espremer para sair alguma coisa.

*** Eu sei que esse não será o último post de hoje, eu sei...

. Nina .

Um comentário:

  1. Sujeitos como o descrito são os melhores. Ninguém gosta dos bons.

    Se o tal fosse exatamente como você pensa desejar, não gostaria tanto do mesmo. É exatamente a falta de iniciativa e cuidado que o fazem tão fascinante.

    Homens bonzinhos só servem para escrever poemas. O mundo é dos displicentes!

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