11/10/2009


. Boletim informativo .

Aqui eu sempre fiz declarações de amor ao libriano, sempre exaltei tantas qualidade, extingui defeitos, sempre enxerguei sua melhor parte e sempre compartilhei momentos bons desde o início. Sei que também compartilhei meus momentos de angústia, de saudade, de platonismo, compartilhei minhas dúvidas, meus receios, minhas mágoas. Mas não compartilhei o que de fato tem acontecido.

Sim, no início eu estava fria, desconfiada, marrenta como ele mesmo dizia, mas me deixei levar por atitudes, pedidos e promessas (antes tivesse ficado marrenta eternamente). Por um tempo as coisas foram exatamente como eu desejei a vida inteira, por um tempo eu sei que o amor que ele dizia sentir foi em parte verdadeiro. Depois como todo casal que se conhece mais profundamente houve estranhamentos, briguinhas, brigonas, e muitas vezes fizemos as pazes.

Até que um dia alguma coisa mudou. Mudou nele e em mim de formas diferentes. Ele resolveu sumir ás vezes, dias, semanas, um mês. Eu resolvi me apaixonar mais por ele, acreditar conforme ele sempre me pedia.

Depois de cada sumiço, ele vinha como presente de Natal, sempre com grandes atitudes, imensas demonstrações de carinho (aquelas que ninguém nunca fez por mim a não ser ele). Eu desesperava, surtava psicoticamente conforme ele mesmo dizia e muitas vezes escrevi meu desespero aqui (só olhar o marcador libriano que vocês verão), mas passava ao ouvir a voz dele ao telefone.

Mês passado fizeram 4 meses que não nos vemos, hoje tem quase 1 que não nos falamos, e só quem liga para saber notícias sou eu. Seria fácil entender isso como um fim não é? Mas conforme ele me disse: não é homem de recados. Ele não termina e diz não pretender. Ele diz que precisamos conversar pessoalmente, mas nunca tem tempo. E claro, diz para eu não interpretar nada com a minha cabecinha imaginativa.

Diante disso, uma parte de mim acredita que ele vai parar uma hora e me procurar para conversarmos, apesar de eu não ser nenhum doce que precise de banho maria, mas é aquela parte de mim bobinha que acredita na banalidade do amor, que acredita que amor leva à redenção e à mudança.

Outra parte minha não acredita em nada, NADA. É aquela parte que quer desesperadamente parar de sofrer e esquecer todo esse abandono, uma parte que há 5 sábados seguidos tem saído direto para se divertir e esquecer. Aquela parte que é uma mulher loira muito bem resolvida e sozinha por natureza, que quer focar na vida profissional e só. Essa parte acha que ele está me fazendo de boba e que o que nós tínhamos acabou faz tempo.

Ambas as partes concordam em uma coisa: amam o libriano. E concordam também que não têm vocação para serem feitas de idiota. E que amor é uma coisa que a gente deixa de lado para poder sobreviver.

Logo, acho que assim atualizo os fatos, deixo tudo que tem que ser do jeito que tem que ser. E apesar de vários acharem isso exposição demais, eu acho isso uma forma de meus sentimentos não morarem somente em mim. Espelho da alma, meu interior. Não vai mudar.

Achei que devia isso a vocês que me acompanham. Não tenho falado muito dele aqui, é parte da cura que estou almejando e perseguindo. Mas para vocês eu devia isso.

Um comentário:

  1. Dificilmente comento, mas sempre leio...mas hoje quero comentar pra dizer que você fez exatamente o que tinha de ser feito, e eu estou muito orgulhosa disso.
    O blog é teu, a saudade é tua e o desejo de falar ou não, sofrer ou não, amar ou não, só dizem respeito a você!
    Hum....é por ser assim, que eu te amo cada dia mais, mesmo naqueles dias que tenho vontade de rachar essa sua cabecinha no meio e tirar um certo libriano de dentro dela....rsss
    Um beijo minha querida.

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