25/04/2010


. Chata não .

Quando o libriano foi embora, terminou, que seja, ele me disse que eu tinha ficado chata por cobrá-lo por uma determinada atitude, disse que me amou muito mas que naquele ponto tinha acabado tamanho amor, disse que seria meu amigo sempre que eu precisasse, disse. E de tudo que ele me disse naquele outubro para sanar as dúvidas de um sumiço que se arrastava desde maio, eu só computei o fato de ele ter me chamado de chata.


Ele me tornou chata por cobrar aquela atitude, transformou o que ele achava lindo em mim em chatice. E isso me incomoda até hoje. Por ele siginificar ainda alguma coisa na minha vida, com certeza, mas me incomoda saber que alguém a quem tenho carinho me acha chata. Não o sou nesse aspecto, e nos aspectos que sou muito poucas pessoas o sabem e os que sabem me amam mesmo assim.


Rejeição nunca é fácil, a gente tenta não ser muita coisa, não pensar muita coisa, mas pensa, é, se prende a um único comentário que nos faz sentir ainda mais a rejeição. Hoje eu não sei dele, ele não foi meu amigo quando precisei depois daquilo tudo, não creio que tenha me amado como disse e talvez ainda creia que eu sou chata.


Dói em mim a rejeição sim, não vou mentir, pois passei por várias delas e com ele eu realmente imaginei diferente, até o término. Não sei bem porque estou escrevendo isso, não sei, talvez seja como sempre faço: desabafar, tirar de dentro de mim através das palavras. Eu soube de uma coisa que me abalou muito e desde então não consigo comer e dormir direito, me veio como furacão e eu juro que não quero ser assim, juro que não quero que alguém tenha esse poder todo sobre mim.


Mas chata, eu sei que não sou. Posso ser boba, apaixonada por caras que nunca mereceram, ter acreditado demais no que me prometeram, mas chata eu sei que não sou.

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