Tem uma coisa que me irrita profundamente, uma coisa muito particular, muito específica mesmo. Me irrita o não saber das coisas, o ter que adivinhar o pensamento alheio. O tal do mistério me irrita bizarramente.
Detesto joguinhos, detesto banho-maria, detesto isso de estepe, detesto isso de não falar claramente o que se quer. DETESTO. Então, fiquem sabendo, queridos 3 leitores, que essa que vos fala detesta coisinhas por trás dos panos. Saibam que eu gosto de tudo às claras, de tudo bem explicadinho. Se não quer, fala que não quer. Se sentir saudade, fala. Se prefere morenas, fala. Mas por favor, queridos, não me façam de idiota, não me façam crer que poderia sair cachorro daquele mato.
Mistério é bom sim, até certo ponto, depois desanda horrores e não é para mim que fica ruim, já vi esse filme! Quando eu quero eu vou lá e faço, simples, digo a que vim e ponto. Posso até não conseguir, mas não deixo dúvida alguma do que estou querendo.
Desculpem aí o desabafo, mas é que acho sinceramente que sou muito boa, bonita, inteligente, legal, fiel, confiável (sem modéstia nenhuma) pra passar por uns lances que ando passando aí. Fora que nego acha que aproveita tudo quanto é oportunidade que aparece, mas não aproveita mulherão que cai no colo de para-quedas.
Não sou miojo, quindim ou qualquer coisa que o valha, pra ficar sendo amornado em banho maria. Quer estepe pra quando o lance ficar feio pro seu lado? Compra um carro que já vem com um! E sinceramente, nem sei porque estou me importando, já deu mais do que uma prova de que não vale a pena dar trela (tá, eu ainda bato palma pra maluco dançar) pra essa situação.
Eu posso até estar errada, mas por não saber de nada que se passa, por nego achar que mistério é alma do negócio, eu penso mesmo é que não está querendo o que eu quero. Logo, nem sempre mistério é bom. Fica a dica.
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