Não sei se os olhos, se os cabelos, se o perfume ou se a perfeita sincronia das palavras e de pensamentos. Não sei se o saber sumir quando não deve, mas deve, porque né, toda mulher fica insana procurando saber o porquê do sumiço e isso torna tudo mais interessante.
Não sei se pelos sonhos que precederam, se pelo gosto por samba, não sei se por toda aquela névoa de malandro carioca, de boemia, não sei. Não sei se por termos a mesma profissão, se por eu gostar mesmo dos morenos de olhos claros, ou se por ter me conquistado na primeira vez que me deu oi.
Acontece que apesar de não saber o que exatamente, eu sei que ali tem algo ou tudo, ou a mistura de tudo isso que não sei. E é bem por aí, por não haver explicação, é isso que faz tudo ser mais interessante e eu morrer de vergonha pela simples possibilidade de ele ler isso aqui algum dia.
Não sei se foi o perfume, se foram as palavras, não sei. Só sei que quero, que preciso, que vou. Só sei que achei, só isso.
Encontrei.
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