08/02/2011


. Intensamente . ou . Essa sou eu .

Estou num dia daqueles que só escrever resolve e como estou numa de deixar as redes sociais de lado por um tempo, o blog vai ficando cheio de postagens sem noção e cretininhas de como tenho me sentido em relação a qualquer coisas que passa por minha cabeça.

A verdade é que odeio me sentir como estou me sentindo hoje. Me remete a coisas que já passei e eu começo a me sentir extremamente idiota por ser do jeito, digamos sincero, que eu sou. Não sei ser diferente, sabe? Se sinto falo, se sinto faço. Sou intensa, sincera, pego a porra do telefone e ligo se tenho vontade de ouvir, de falar e posso até mesmo parecer clichê, mas eu sou assim, porra.

Supostamente não era pra eu estar escrevendo nada disso, porque nego não entende e interpreta a favor de si ou contra mim, mas é mais forte e maior que eu. E quando falo que mereço mais, quando me derreto porque alguém me deu um pouquinho de atenção e além, porque alguém parece ter pensado em mim no meio do dia num calor dos infernos, é simplesmente porque depois de uns bons 2 anos estando completamente fora do alcance de qualquer carinho, isso de alguém parecer que pensou em mim por míseros 2 segundos me parece sensacional e eu derreto, sim. Sou assim, caraca! Que mal há?

O que eu busco para minha vida pessoal todo mundo sabe e nem precisa de blog ou redes sociais para isso. O que eu busco vem de muito tempo atrás, o que eu quero eu nunca escondi de ninguém. Posso ser apressada? Posso, e sou! Mas só sou porque já demorei muito tempo em outras coisas que não me levaram a nada. Então não venha me afastar - ou se afastar de mim - ou me julgar ou qualquer coisa que seja por ter achado que eu era diferente, não sou.

Sou divertida? Sim. Gosto de farra? Sim. Samba? Funk? Amigos? Cerveja e vodka? Sim, amo muito tudo isso. Mas não sou uma mulher para bagunça. Dá para entender? Porque no fundo, o que eu quero para minha vida pessoal é muito mais que isso, muito mesmo. Minhas teorias são outras, meus princípios são outros e por causa disso eu estou me sentindo a idiota que estou me sentindo hoje.

Há uns dias eu postei um texto e apaguei porque me convenci num papo que era o melhor a ser feito. E foi, porque além de preservar meus sentimentos, eu sinto hoje (posso não sentir mais amanhã) que estava completamente equivocada sobre as interpretações que tive, e sobre as intuições que tenho. E eu trocava o quase nada que tenho hoje, ou o muito (depende do ponto de vista) para estar certa a respeito das pessoas que mexem comigo pelo menos uma vez na vida.

A certeza que eu tinha continua em mim, mas vai entender? Do jeito despirocado que sou, do meu jeito, de saber exatamente o que vai acontecer ali na frente (mais precisamente depois do carnaval), estou mesmo é procurando outra coisa pra sentir, pra me preocupar, sentar e ler muito é o que ando fazendo e depois de ontem é o que estou fazendo o máximo que posso.

Eu achei que era redenção, a minha inclusive, a minha salvação no momento em que senti o que senti, mas né, Deus não dá asas a cobra. E tá bom, eu sigo em frente, pelo menos agora não prendo mais meu choro, não derramo leite e acendo velas a toa. Agora eu sou mais decidida, outra pessoa quase. Hoje eu sei que dói mas passa, que 19 dias não são nada comparado a quem já passou investindo 7 anos da vida para dar em nada.

Mas sério, não me venha com isso! Não me venha falar sobre clichês, sobre tudo aquilo que uma mulher REALMENTE não quer ouvir e depois achar que pode, que né, 'você é tão legal, Aline', porque aí nem tem como sentir admiração. 

Detesto me sentir ridícula, idiota, imbecil, um zero a esquerda como estou me sentindo agora: DETESTO. E desculpa aí o texto imenso, o desabafo, o sei lá o que sem propósito. Afinal minhas 2 leitoras eu sei que lerão até aqui e isso basta, porque na verdade, na verdade, eu escrevo pra mim mesma, pro meu desabafar, simplesmente calha de nego ler e normalmente não entender, ou entender como indireta que não é, ou se assustar achando que, né, vida acaba porque Aline tá falando isso aí.










Tudo que é escrito aqui é no impulso, no calor do momento, e em dois minutos pode ser completamente diferente, não há rascunhos, e até os erros são imediatos. Entendam que ser intenso é isso, é agir no impulso, é viver com a alma saindo pela garganta, querer pra ontem, e sofrer por algo efêmero. Entendam isso.


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