06/03/2013


. Esse jeito de ser... amada .



A gente aprende a amar desde que sai da barriga da mãe, se enche do amor dela, do pai, da família e retribui naturalmente. A gente aprende a amar no jardim de infância, quando ao olhar para o garotinho loirinho com cara de príncipe encantado fica pensando que legal seria dividir a merenda com ele. A gente aprende a amar na pré-adolescência, quando se apaixona perdidamente pela primeira vez, pelo único rapaz mais velho que você conhece. 

A gente aprende a amar no primeiro beijo que dá. A gente aprende a amar quando o primeiro cara te pede em namoro depois de anos ficando com você nos pátios do colégio. A gente aprende a amar quando redescobre que pode amar, quando o que parecia ser um ultimato de uma vida de solidão se torna o momento mais alegre e de maior conhecimento pessoal que você vai experimentar. A gente aprende a amar quando se depara com o improvável, olha ele dentro dos olhos e se dá uma nova chance de ser feliz.

Aprendemos e desaprendemos a amar de todos os jeitos. Cedemos, seguimos, levantamos poeira e damos a volta por cima. Aprendemos a amar a vida inteira, mas a vida não ensina a sermos amadas.

Aprendemos, sim, a almejar o amor do outro, aprendemos a imaginar como o outro nos ama ou deveria nos amar. Aprendemos a criar expectativas que nem sempre o outro vai poder cumprir ou se comprometer com elas. Aprendemos a gerenciar crises por conta disso. Aprendemos a ceder em prol do que achamos correto. Aprendemos a falar, a sorrir, a chorar, tudo na hora certa, até a fazer escândalo. Mas não aprendemos a ser amadas.

O jeito não é mudar a forma de amar, o se doar, o dar sem receber. Não devemos aprender a amar de outra forma, devemos aprender a não esperar que eles nos amem do jeito que gostaríamos de ser amadas. Vou melhorar a explicação: cada um tem um jeito de amar, claro que você tem direito de ser amada conforme sempre sonhou ser, mas amor é demonstrado de mil formas diferentes. A questão aqui é aceitar ou não a forma como te amam, afinal não dá para comparar o que você sente com o que ele sente, e muito menos o quanto você se doa e o quanto ele se doa a você.

Amar a gente aprende diversas vezes. Ser amada... não.

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