03/11/2013


. Porque .


Porque eu me acho, me derreto e me acabo, desconfio, sempre e muda. Porque me rasgo, desenfreada e calma, com a paz do desespero instalada sobre ideias sem respostas para as questões. Porque futuco, acho, choro, iludo. Porque desespero e toda vez reergo.

Porque desisto sem desistir e espero sem esperar e continuo sentada esperando. Porque me molho em lágrimas de sal que são doces caso o choro seja de felicidade. Porque me dispo, me tiro as roupas. Porque me sinto presa a um tempo que não é o meu.

Porque creio que sempre vai mudar. Porque toda vez que muda sou feliz e triste ao mesmo tempo. Porque detesto tudo que é parado, imóvel, estático. Porque amo amar o amor. Porque sem paixão não tem gratidão, não tem graça e nem raça para viver. Porque me abro, escancaro e dói, dói demais escancarar. Porque liguei o foda-se e com ele ligado passei a ser mais serena. Porque calmaria não combina com tudo que quero, mas paz faz-se necessário no meu presente e no meu futuro. 

Porque sonho que meus sonhos não sejam somente sonhos. Porque quero realizar. Porque ansiedade mora em mim. Porque só sei ansiar. Porque o tempo que é meu é o meu tempo. Porque eu quero que aconteça. Porque faço acontecer. Porque cansa ser joguete do destino. Porque quero controlar o incontrolável. 

Porque fora tudo que tenho para explicar, há em mim mais e mais e mais e mais para ser entendido.

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