08/07/2016


. Joguei .

Joguei aquele texto pra lá. Que se dane! Não sei bem se quero resultado com ele, ou se quero apenas desengasgar toda a fobia de ser menos do que sou. Eterno embate entre os pensamentos. Normal, você dirá. Mas a normalidade é falha, é quase nula. Não ter especialidade em nada te faz sentir menor, menos, pequeno, desaparecido nesse mundo. O que não falar? O que falar? Eternas perguntas sem respostas, que só aparecem no momento em que o texto sair. A realidade? Não sei se o faço para mim, para ninguém ou para os outros. Apenas jogo o texto no ar e dane-se. Tenho falado com as paredes há tantos anos que não faz mais diferença. E mesmo que tenha cem curtidas, mil comentário, que real efeito causará na minha vida ou na de vocês? Largo o lápis, a caneta, o teclado do computador e solto ele no ar. Ele, o texto, o famigerado texto, o desejado, aquele que requer tanta inspiração. Ok, ele me transforma, eu sei, eu saio transformada desse parto, leve, eu diria. Mas qual o sentido disso tudo? Aparecer de alguma forma no mundo? Comunicar alguma coisa a alguém? Ou simplesmente sentar e esperar a crítica acontecer? Não sei. Sei apenas que sigo escrevendo, que tenho tanto mais para falar, tanta coisa torta, tanta coisa duvidosa, tanta coisa minha.

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