30/03/2012


. Desabafo .

Está tendo uma greve de ônibus na minha cidade desde ontem. Ontem eu consegui carona para ir ao trabalho, mas foi perrengue voltar para casa. Aí hoje a greve continua, e como não tinha possibilidade - mesmo tentando - não fui trabalhar.

Meu pai trabalha na mesma empresa que eu, só que ele trabalha externo e de carro em mãos. Todos amam meu pai na empresa, e me desculpem vocês que o amam, mas vou desmitificar a pessoa no momento. Eu conheço meu pai como a palma da minha mão. Acontece que por mais que eu tenha combinado e avisado a toda a minha chefia a situação de hoje, meu querido pai me deu esporro, bronca, e tudo o mais que você possa imaginar em termos de terrorismo emocional porque eu não fui trabalhar mesmo tendo motivo.

Detalhe, ele só faz isso comigo. Com meu amadíssimo irmão ele nunca faz ou fez isso na vida. Eu ia pro colégio doente porque não podia faltar de jeito nenhum, eu ia passando mal, dor de barriga, febre, que fosse, nunca me deixou faltar nada. Um saco.

Eu preciso do emprego, gosto de lá, mas preciso mais que qualquer coisa, por mil motivos além dos financeiros. Eu não falto, nem aula eu faltava, sou caxias, chata pra caraleo com isso e mesmo estando correta fico me sentindo errada. E não ajuda em nada alguém da minha casa me pentelhando, fazendo terrorismo psicológico dizendo que eu vou ser demitida. Sabe... como que quero que certos momentos da minha vida passem e eu possa ser feliz, porque sério, não tem como ser feliz assim.

Eu não tenho mais estrutura emocional para tal, não mesmo. Eu chorei que nem criança e isso é preocupante, eu não posso ser assim, mas estou magoada, triste, muito mesmo com isso tudo. Se eu não tenho compreensão em casa que dirá em qualquer outro lugar. Não fui pois não tinha como e ontem o centro da cidade estava largado às traças... medo mesmo, viu. Estou me explicando, mas é para vocês entenderam a merda que tá lá fora. 

Essa semana eu fui pra mil cantos, voltei e voltei pro trabalho, moro longe a beça de onde trabalho, de vez em quando tenho que ir a lugares mais longínquos ainda e não tem ninguém que compreenda ou valorize. NEM EM CASA. Estou extremamente chateada e triste. Me resta só pedir a Deus que interceda por mim, pois essa crença é a única que não posso deixar de crer.

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