13/09/2013


. Especial Balzaca: Aquele dos 30 por Flávio Souza .

Aquele dos 30
por Flávio Souza

Outro dia me peguei recordando de um momento da infância. Lembra daqueles caderninhos de perguntas que as meninas  tinham e faziam todo mundo responder no colégio? Eram perguntas ingênuas do tipo: Quantos filhos você quer ter? Aonde você quer morar? Onde você passará a sua lua de mel? Com quantos anos vai casar? A pressão para ter vida de conto de fadas começa logo cedo. Acho que por isso tanta gente mundo afora morre de medo de fazer 30 anos.

Não lembro exatamente as minhas respostas, mas tenho quase certeza que achava que com 27 anos eu estaria casado.  Sempre tive uma “coisa” com o número 27, talvez por ser a data do meu aniversário ou algum insight cabalístico, mas isso não importa. Só sei que passou os 27, não me casei. E para falar a verdade nem tinha chegado perto de encontrar o amor da minha vida. E meu mundo não desabou por isso.

A vida muda constantemente.  Valores, ideais, e nós mesmos, quanta mudança ao longo dos anos! O que era muito importante 10 anos atrás, hoje em dia não faz a menor diferença. Mas tem muita gente que se prende aos planos infantis idealizados em um passado muito distante e esquecem de viver o presente!

Se fosse cair nesse mundo de ilusão estaria perdido. Aos 30 anos, completados em março estou longe de ter a vida de comercial de margarina que a gente cresceu tendo como modelo de perfeição...

Fazendo um balanço, posso dizer que me sinto muito mais feliz e realizado do que melancólico e sofrido com a chegada dos 30 anos. Primeiro porque sempre fui de correr atrás e batalhar pelos meus sonhos e objetivos. Já realizei e conquistei muita coisa que queria enquanto vi pessoas de bem se perdendo no caminho por medo de tentar. Triste, mas acontece e muito!

Sonhos, como são importantes! Nos fazem seguir em frente, superar desafios e continuar acreditando que é possível conquistar tudo que queremos.Ter fé é de suma importância. Fé no futuro, fé na humanidade, fé na vida. Mas primordialmente e essencialmente, fé em nós mesmos!

Hoje posso afirmar categoricamente, chegar aos 30 não dói. Vaidoso que sou, confesso que me incomoda muito mais ver que apareceu mais um cabelo branco na minha cabeça do que dizer que tenho 30 anos. Orgulho de todos os bons e maus momentos que passei até hoje, me fazem ser o homem que eu sou!


Flávio Souza tem 30 anos, é jornalista e trabalha com marketing, além de ser uma das pessoas mais prestativas que já conheci.

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